domingo, 26 de outubro de 2014

SlackLine - Desafiando a si mesmo

Necessário equilíbrio e concentração, o "SLACKLINE" é uma fita elástica esticada entre dois pontos fixos, o que permite ao praticante andar e fazer manobras por cima.






Alongamentos sempre são bem vindos; antes, durante e após o exercício.



"Vai daiana"


...calculando o trajeto...




A sequência dessa foto, como vocês mesmos podem constatar, - apesar da câmera não ter capturado devido agilidade tamanha- é uma estrela seguida de mortal carpado com flicflac e dupla pirueta. Alguns invejosos, porém, dirão que é uma simples queda.


O segredo também está nas caretas feitas durante o percurso. Há necessidade de ter conotação sexual.


Possibilidade de meditação sob a corda.





E esse foi o registro de um final de semana diferente do comum, um dia lindo, com boas companhias e ainda aprendendo coisas novas... Importante se reinventar... Quem sabe, decorar textos fazendo isso não seja uma má idéia...

Beijo grande Família e Amigos... FUI!



domingo, 12 de outubro de 2014

Imagens & Palavras





Neste semestre vamos trabalhar uma peça, como já disse anteriormente, de um universo distante do qual eu costumo estar. E, se minha memória não falha, acredito não ter escrito nada como relação as personagens para vocês... Então aproveito para dizer que ganhei cinco presentes da direção e vou discorrer um pouco sobre eles, logo abaixo!


   

Como primeiro personagem, faço um carregador de carnes, do submundo, algo bem mal educado, sexual e sujo. Não gosto de adjetivar mas quando vejo já estou adjetivando... é mais forte que eu. Incrível.

 Meu segundo personagem iniciou como empilhador de revistas em quadrinhos mas devido ao fácil acesso a jornais, mudamos para empilhador de jornais. Uma das minhas partes favoritas da peça, Estão surgindo idéias muito bacanas durante os ensaios, eu realmente gosto muito dessa parte.


Meu terceiro personagem é completamente distante de mim, algo que me fascina trabalhar, tenho muita dificuldade e distância de qualquer tipo violência gratuita e sem sentido. Mas para ele com certeza existem inúmeras razões para se quebrar a cara de qualquer um, a qualquer hora e em qualquer local. A imagem acima é do filme "Clube da Luta", um clássico do cinema, com Brad Pitt e grande elenco, que tem tudo haver com o universo peculiar desse personagem. 


O quarto presente é um mendigo, que fala pouco mas fala bem, frases muito bem construídas e que nunca deixaram de fazer sentido. 
"O problema dos pobre, não é que os pobre não 'seje' legal, é só que há muitos."




Meu quinto e último presente é uma travesti, dona de um Hotel, um personagem que até então existia porém não era travesti, passou a ser na versão atual da peça e eu fiquei contente de ter recebido, por que nunca fiz uma travesti antes e, apesar de já ter feito mulher, sei que é completamente diferente e tão desafiador quanto. A imagem meramente ilustrativa acima é do filme "Clube de compras Dallas", cujo o excelente Jared Letto interpreta magnificamente uma travesti. Para mim não tem outra inspiração se não esta, ele esta impecável. 


Bom, como querido filho, parente, amigo, conhecido que sou... Eu escrevi pra vocês, com o maior carinho e sono sobre esse novo processo. Relevem, como de costume, qualquer erro ou falta de concordância. Provavelmente alguns foram propositais, outros não, faz aprte. Tem uma pesquisa que diz que se voce escrever as palavras com as letras fora de ordem, ainda assim será compreensível, exemplo: foar de ordme. kkkkkkkkk viagens da madrugada, aom vocse. Beijoooooo

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Outsider


Outsider: Quem não se enquadra

A figura do outsider. Do cara que não se enquadra. Do sujeito que não faz questão de pertencer a nenhuma turma. O cara que no colégio sentava na última carteira, não falava com ninguém e ia embora sozinho. Havia algo de muito maneiro em figuras desse naipe.
Numa sociedade onde qualquer babaca quer virar celebridade, a figura do “ninguém” sempre me pareceu o melhor modelo de vida. E aqui não vai nenhuma pretensão estilosa do tipo “é legal ser diferente”. Porra nenhuma. O que eu penso é que simplesmente “ninguém precisa ser igual”.

Cada pessoa devia andar por aí rezando pela própria Bíblia, ou seja, fazendo suas próprias leis e fazendo uso de seu livre arbítrio. Mas não é o que tem acontecido.

Assisto sem nenhum entusiasmo e com bastante perplexidade aqueles filmes americanos de turmas de universidade com aquelas indefectíveis fraternidades onde o cara passa por uma coleção inimaginável de humilhações apenas com o inacreditável intuito de ser aceito em uma fraternidade de babacas. Não é muito diferente das merdas dos trotes universitários brasileiros. Babaca não respeita geografia.
Fico imaginando o que leva uma pessoa a essa necessidade doentia de ser aceito. E com o tempo me parece que em busca de aceitação as pessoas têm se padronizado de maneira assustadora e alarmante.
Hoje em dia a rapaziada usa piercing, tatuagem (não que eu tenha exatamente nada contra o uso de piercings ou tatuagens, mas é que parece que grande parte da molecada começa a usar apenas numas de copiar outra pessoa e aí é esquisito), o mesmo corte de cabelo, gosta das mesmas músicas e das mesmas roupas e emprega as mesmas expressões (“Galera”, “é dez”, “éshow”, “baladinha” e outras que eu não consigo sequer repetir aqui sem ter o meu estômago revirado) e aí ele se sente parte de alguma coisa, é compreendido e aceito e não vira motivo de zombaria entre os demais, justamente por não ser diferente.
Então o que acontece é muito simples. Se o sujeito tá num grupo onde o lance é odiar alguém, seja quem for, pode ser negro, viado, gordo, mulher ou o Mico-Leão Dourado, então o cara vai passar a odiar, ele nem sabe o motivo, é que a turma odeia e ponto. E se a turma pinta o cabelo de azul, então o panaca pinta também. E se a turma acha que é legal praticar artes marciais pra sair dando porrada em desavisados noturnos, então o cara automaticamente se inscreve numa academia e sai de lá o mó Steven Seagal.
E acha legal sair de carro com uma piranha oxigenada (esses caras sempre andam com piranhas descerebradas que são apreciadoras de bravatas intimidatórias) e provocar o primeiro sujeito pacífico que eles cruzarem pela frente. E vai ser providencial se eles pegarem pela frente um carinha com um livro do Kafka no ponto de ônibus. Esses caras nutrem um profundo ódio por qualquer sujeito que consiga articular mais que duas frases inteligíveis. E as suas piranhas são as primeiras a aplaudir o massacre.
Não tô aqui querendo de maneira nenhuma desmerecer o trabalho de alguns professores de artes marciais que sei o quanto são sérios e dignos. Mas é que sem a devida orientação eles estão criando um exército de babacas extremamente perigosos.
E é claro que a mídia e a publicidade incentivam irresponsávelmente esse estilo de vida. Elas querem todo mundo comprando e consumindo as mesmas coisas, coisas essas que eles fabricam em larga escala para atender a demanda desenfreada.
Numa novelinha como Malhação, só pra citar um exemplo bastante óbvio, a impressão que fica é que o roteirista escreveu um monólogo e depois distribuiu as falas entre vários personagens. Não há diferenciação de personalidade. Todos falam as mesmas coisas, do mesmo jeito e usando as mesmas expressões. Em resumo: fique igual e permaneça legal.
Há um processo de idiotização total e irrestrita avançando a passos largos. E essa busca pela padronização e no conseqüente status mediano (estou sendo generoso com esse “mediano”) que as pessoas têm alcançado ganhou por esses dias duas novas forças de responsa.
A MTV “onde é que estão os clipes, porra?” estreou dois programas que são verdadeiras aberrações. O primeiro deles é o tal Missão MTV onde a Modelo Fernanda Tavares totalmente destituída de qualquer coisa que possa ser chamada de carisma, apesar de bonitinha (é o mínimo que se pode esperar de uma modelo) é chamada para padronizar qualquer sujeito que não esteja seguindo as regrinhas do que eles chamam de “bom gosto”. Então se uma garota não fizer o gênero patricinha afetada, então ela automaticamente está out e a missão da Fernanda é introduzir a “rebelde” ao mundo dos iguais.
E dá-lhe o que eles chamam de “banho de loja”. Se o cara usa roupas largas e o cabelo sem uma preocupação fashion e ainda se diz roqueiro, então eles transformam o coitado num metrosexual glitter afetado e por aí vai. Parece que a mulher vai dar um jeito no quarto de um sujeito. Ela diz que tá tudo errado no quarto do cara. Como assim? É o quarto dele, porra. Enfim, é proibido ter estilo. Quem não se enquadra, sai de cena. Em resumo, um programa vergonhoso.
Mas o pior ainda é o outro: O inacreditável e assustador Famous Face. Sacaram qual é a desse? Uma maluca encasqueta que quer ficar parecida com a Jeniffer Lopez ou com a Britney Spears e tal estultice é incentivada. Em resumo, a transformação é filmada e testemunhamos a verdadeira frankesteinização sofrida pela pobre iludida. Ela se submete à operação plástica, lipoaspiração e o caralho. Chega a ser nojento. Eu não entendo qual é a de um programa como esse. Será que a indústria da cirurgia plástica tá precisando de uma forcinha? Eu duvido. Nunca vi se falar tanto em botox, silicone, lipo e outras merdas. Todo mundo tentando evitar o inevitável. Todo mundo querendo retardar o tempo incontrastável. Vivemos cada vez mais em uma gigantesca e apavorante Ilha do Dr. Mureau. Foda-se Dorian Gray. Eu sou bem mais as rugas de Hemingway.


*O texto acima é de autoria de Mário Bortolotto, foi originalmente publicado no blog dele: Atire no Dramaturgo.

Novos Desafios


"Não devemos ter medo de novos desafios"

Quando essa frase me vem a cabeça, junto dela vem a imagem de minha tia, uma grande batalhadora, que admiro muito e que sempre me passa força e carinho

                    Como diz um sábio mestre de teatro; "essa profissão que escolhemos, se não domá-la, seremos domados por ela, ela te chicoteia, te humilha, te derruba, ri da sua cara e você acredita que não presta, que não é nada além de mais um." Nada como um dia após o outro para, através de exercícios, de crenças, de trabalho, ou de posição da lua em relação a terra, para nos colocar no 'eixo' e nos sentirmos bem, no "caminho certo".
                     Porém, qual é o caminho certo? Sem mais delongas, estou chegando aonde queria. Esta peça desse semestre se refere exatamente a isto! Charles Bukowski, um pessimista ou 'realista' de marca maior, escreveu inumeras poesias e foi conhecido como um porta-voz daqueles ditos excluidos ou "OUTSIDERS".
                       A peça fala exatamente deste mundo, deste universo. O universo outsider nada mais é do que o mundo da galera que não quer fazer parte da galera, do pessoal que não quer seguir uma rotina, um trabalho como outro qualquer, com famílias normais, com hobbys normais... enfim, a vida de 88% da população mundial.  (Estatística meramente ilustrativa minha)
                      Bukowski em suas poesias, diferente da maioria dos poetas, coloca tudo que as pessoas não tem coragem de assumir que pensão... Muita obscenidade, nada de hipocrisias, nada de meloso, de 'falso', de limpo... Ele não suportava natureza mas sim o concreto, nada de mulheres e sim prostitutas... e para que beber água se existe o Alcool?
                      Claro que tudo isso não pode ter sido fruto de uma família correta e com bons costumes, seus pais abusavam dele não só como um 'empregado' mas também como praticamente um escravo de tanto que apanhava de ambos. Ele afirma que parou de chorar nas últimas surras, o que deixou seu pai incomodado.
                      Bom, tudo que escrevi acima foi só para situar vocês 'um pouco' do universo que irei, e aliás, já estou vivenciando. Algo bem diferente do que acredito, do que penso e do que quero para minha vida. Mas que com certeza já está sendo uma boa experiência pois, como ator, o que nós mais temos compromisso é com aprender, não acertar ou errar, FAZER!




Foto da nossa primeira leitura com a Diretora (Autora) logo na Ponta - Ticiana Studart.
               Fiquei muito contente com os cinco desafios que me foram confiados, pois acredito que quando você recebe um papel, seja ele do 'tamanho' que for, foi confiado a você, e você deve honrá-lo da sua melhor forma. Então tenho que honrar estes cinco, e assim espero!

               Perdoem qualquer equívoco ou erro de digitação, métrica, sentido... Estou escrevendo pós ensaio, ou seja, loucura, mas tudo isso por vocês! Grande beijo... E pretendo publicar um texto sobre os outsiders ainda... que roubarei d´outro blog!!! INCRÍVEL. beijooo




domingo, 24 de agosto de 2014

Sensações

               O quão mágico pode ser para um ator ir a um teatro com expectativa alguma, sem saber do que se trata a peça ou com uma síntese ligeira feita por colegas minutos antes... E ser surpreendido por uma atmosfera - que não exigiu muito de cenário ou figurino, mas sim uma boa iluminação, criatividade e atores descentes - EU AMO quando vou ao teatro e saio com orgulho da minha profissão, parece que minha cabeça fisga automaticamente tudo que ao meu ver "funcionou" - para usar posteriormente quando necessário for.
               Claro que essa não é a única forma de se estudar para se tornar um bom ator, mas acredito que é uma das... E uma das mais gostosas. Não que não tenhamos que criar nossas próprias magias e truques, mas acredito sim que o que é bom deve ser repetido, se não, será esquecido.
               Acabo de viver um desses momentos em que foi jogado na minha cara - de várias formas - o que que é realmente necessário para um espetáculo ser espetacular, espetaculoso, espetaculante. Coisas que já sabia, mas relembrar não custa nada. Então com este início de semana visceral, desejo a todos uma ótima, com muito amor, carinho, paz e fé!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Tornar ser, para então Ser

                 Um conhecido meu, no meio de uma conversa, afirmou dentre suas observações, frustrações pessoais e constatações da vida alheia; "não consigo entender por que as pessoas pagam para estudar teatro, parece uma batalha vencida, pagar para trabalhar com algo que não rende".  Como não estava afim de entrar no mérito, abri um sorriso e acenei com a cabeça como se fosse a coisa mais certa já dita naquela noite. Afinal ele nem fazia ideia que eu fazia exatamente o que ele reprovara momentos atrás.
                 Mas agora, me dando a liberdade de entrar no mérito com vocês - que acompanham o blog da minha vida, do meu sonho, das minhas batalhas, derrotas e conquistas - venho lhes dizer algo que já possa ter dito em certa conversa de mesa de bar, que possa ter parecido ser da boca pra fora, que possa ter soado bonito e ilusório demais, mas que é o ideal que mais fortalece minha cabeça nas horas de aperto e solidão;

                "Toda a profissão que se quer destaque, parece uma batalha perdida. Toda a profissão que se quer destaque, tem que se investir para depois então usufruir. Toda a profissão que não se quer "ser apenas mais um", é penosa, dolorosa, desgastante. Caso você não esteja passando por isso neste momento, ou pretende estar feliz, ou realmente está no caminho errado.

           


           Coincidentemente, estava lendo um livro hoje na praia e, ele continha uma frase que caiu como uma luva para mim, algo que eu penso (e que parece um tanto esnobe, arrogante, prepotente e tudo que há de ruim no sentido de ego, mas eu tenho isso e o que posso fazer?). Tomarei a liberdade de substituir o nome da personagem do livro, pelo meu, para vocês entenderem melhor como penso; "Pedro Mussi simplesmente sabia que era especial e, por isso mesmo, ele era. "


                   

domingo, 13 de julho de 2014

Sweeney Todd

            Durante o início do semestre tive o prazer de, mais uma vez, fazer parte da assistência de direção, ao lado do diretor Paulo Afonso de Lima, que dessa vez me deu liberdade não somente de auxiliá-lo na parte de direção como também de coreografias, algo que tenho grande apreço e gratidão.
           Uma pena não ter registrado o espetáculo em si por meio de filmagens, mas estará guardado em minha memória para a eternidade, uma vez que foi um dos trabalhos que mais me orgulho de ter feito parte até então.
           O processo, acelerado devido a copa, não deixou que o elenco respirasse ou descasasse em momento algum. Tivemos ensaios de domingo a domingo em horário de aula e horários extras, se não correríamos o risco de não estrear.
            O espetáculo ficou 'pronto' (se é que se pode falar que algum espetáculo está pronto só pelo fato de sua estréia) um dia antes se não me engano, e estreou com grande aceitação do público e da equipe de profissionais que foram prestigiar tal audácia. Uma vez que montar Sweeney Todd é um desafio para qualquer elenco, mas acredito que torna-se mais desafiador ainda em uma escola de teatro.
            Deixando todo este blábláblá de lado, a parte que interessa a vocês, eu sei, são as fotos, os registros, as imagens do espetáculo. Graças a componentes do elenco, recebi estas fotos muito bem feitas, e publicarei aqui com o maior carinho. Espero que gostem... Desculpem o atraso. Correria explica.






 


Já estava a allguns meses para colocar este relato aqui, mas ou faltava tempo, ou faltava fotos... Enfim, tudo tem sua hora... Exponho isso aqui com todo meu amor e carinho, para vocês! Grande beijo familia querida, amigos, conhecidos e pessoas que pararam aqui por acaso! Fui!

sábado, 21 de junho de 2014

GERAÇÃO TRIANON

            Com direção de Paulo Afonso de Lima, assistência de Luiza Horta, iluminação de Diene Lemos e Cenografia de Pedro Mussi, Fabio Ruiz e Julia Garcia, Geração Trianon nascia semanas atrás! Foi um processo intenso, rápido e de uma criação conjunta... A turma e a direção do curso se propuseram a adaptar a longa - porém muito interessante - peça, que conta a história de uma companhia de teatro que de fato existiu entre 1910 e 1930 do século 20 no Rio de Janeiro.
            Outros tempos, a peça mostra como era viver do teatro em outros tempos, décadas passadas, com personagens como o empresário, que nada mais quer do que o lucro, os primeiros atores e atrizes da companhia, que seriam - hoje em dia - as estrelas, os outros atores e atrizes que tinham costume de fazer ponta nas peças, ou somente entreatos, o ponto, que era quem soprava os textos aos atores, uma vez que as peças eram ensaiadas semanalmente, os repertórios mudavam de acordo com a resposta do público, o ensaiador, que apesar da urgência e pouco tempo, se dava ao trabalho de marcar as cenas as vezes com a partes da peça ainda por ser escrita. 
            Uma peça leve e muito bem humorada que foi deliciosa desde o início. Uma energia muito bacana rolou nos bastidores e eu mais uma vez pude me envolver com cenários e figurinos que me deixaram mais motivado ainda. Nosso diretor deste período, pode nos ensinar muito sobre este período, sobre marcações clássicas do teatro e truques que deixaram a peça mais próxima da platéia. Aliás, tivemos uma resposta muito bacana do público de estudantes, professores, familiares e amigos, que são basicamente do que se constitui o público na CAL.
               Como a peça continha praticamente onze personagens masculinos e cinco femininos, surgiu a idéia de inverter gêneros, ou seja, homens fariam mulheres e vice versa, devido ao numero perfeitamente oposto de pessoas na turma (5 homens e 11 mulheres). Foi um desafio muito interessante, e que me mostrou mais uma possibilidade, vertente, para a carreira, fazer mulher é uma experiência dificil e os atores ficaram assustados, mas uma vez a idéia 'comprada', tudo fluiu melhor.. entre todos.
               Como de costume, seguem abaixo fotos desta montagem tão marcante; 










A peça terminava como nesta foto acima, e um personagem narrador, falava este belo texto:

"Em 1933 o Teatro Trianon deixou de existir. E aqueles atores, aquelas vozes, aqueles timbres, aqueles corpos, aquelas emoções, aqueles sentimentos, se transformaram em espectros, fantasmas. Fumaça, poeira... E pó. O Trianon passou a se chamar: Cineac Trianon, uma sala que exibia documentários, animações e curta metragens em sessões contínuas, filmes que marcaram os anos 40,50 e 60, a vida de muitos cariocas. Depois a especulação imobiliária pôs abaixo o antigo edifício e em seu lugar ergueu um arranha- céu, cheio de escritórios. Os papeis amarelados que ontem registravam as comédias e dramas ingênuos, se transformaram em : contratos, manuais, promissórias, letras de câmbio e cédulas, notas e dinheiro. Hoje o local onde o glorioso Teatro Trianon abrigava sua bilheteria e salas de espera, deu lugar aos caixas eletrônicos, aos rostos sem expressão dos seguranças de Banco. Foi o progresso, ou não? Não sei, mas nós que buscamos a fantasia e o delírio, acreditamos que talvez nada daquilo tenha se acabado. Quem sabe o Trianon e a sua talentosa geração, não tenha encontrado no país da inocência e do sonho o seu verdadeiro lugar?"

         Com isso eu me despeço momentâneamente do Rio, e do que foi uma das fases que eu mais cresci e evolui pessoal e profissionalmente até agora... Essa fase está carinhosamente guardada na minha memória... e que venham as próximas!!! Boa Copa, bom descanso para os que terão, bom trabalho para os que não... Grande beijo, espero esbarrar com meus caríssimos nessas férias! FUI PRA FLORIPA!


quinta-feira, 5 de junho de 2014

SAUDADE

Conheci este bebezinho na casa da minha tia, que por algum motivo sempre foi a madrinha e motivadora da adoção de animais em nossa família... E graças a ela conhecemos o Duke, que já se foi, e o Sheike... Que sempre foi muito estabanado, destruidor, comedor de qualquer coisa que se mexia ou não, assassino de pombas, baratas, bichos... Adora contrabandiar o mato do vizinho, por alguns quilos de carinho! Sheike anda mudado... Esta mais adestrado, paciente, maduro, continua loiro e lindão... E sempre parceiro, nunca vi raça tão companheira como esta mistura que nos foi dada... Pastoxer (pastor e boxer). Sheike voce faz uma falta grande aqui neste imenso RJ... Queria levar voce na mala na proxima viagem... Voce aguentaria? HeHe... Bom, senti vontade de escrever sobre meu irmao de quatro patinhas hoje... E agradecer a todas as pessoas que cuidam desses animais tao valiosos e tao prazerosos para nos! Lindos... Agora posso dizer que nao é só dele que sinto falta, mas dele também!!! Beijao familia linda... Na copa estarei com voces!!! Uhuuuu!!!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Primeira Vez

                     Assisti neste final de semana, o resultado de um trabalho delicioso que levou certo tempo - como todas as coisas boas da vida - para ser executado. O longa-documentário "Histórias Íntimas", baseado na obra de Mary Del Priore, dirigido por Julio Lellis, Breno Pressurno e roteirizado por Andre Damin.
                    Foi de uma surpresa, primeiramente, seguida de uma sensação de prazer, vergonha, orgulho, exposição... É complicado colocar em palavras os sentimentos, o que realmente sentimos neste momento tão único e exclusivo... Algo que nunca mais se repetirá, a primeira vez que vi minha cara no cinema...
                     Estou praticamente a três anos no Rio, e ao mesmo tempo que parece que já vivi tanto, as vezes parece que não vivi nada... que estou na contra-mão do caminho certo, do lugar ao sol... Dias vazios seguidos de dias completos... O ator realmente está sempre em um estado crítico, prazeroso, incerto, duvidoso... Mas não se arrepende disso, ou se arrepende e logo depois algo acontece, como vem acontecendo sempre comigo ...
                    Bom...sem mais delongas, eu sei que o que voces gostam é de FOTOS... E aí embaixo estão algumas fotos deste que foi um dos dias mais incríveis da minha vida!







Grande beijo no coração de todos, saudades sempre está no meu vocabulário aqui... Fui!

quarta-feira, 30 de abril de 2014