Com direção de Paulo Afonso de Lima, assistência de Luiza Horta, iluminação de Diene Lemos e Cenografia de Pedro Mussi, Fabio Ruiz e Julia Garcia, Geração Trianon nascia semanas atrás! Foi um processo intenso, rápido e de uma criação conjunta... A turma e a direção do curso se propuseram a adaptar a longa - porém muito interessante - peça, que conta a história de uma companhia de teatro que de fato existiu entre 1910 e 1930 do século 20 no Rio de Janeiro. Outros tempos, a peça mostra como era viver do teatro em outros tempos, décadas passadas, com personagens como o empresário, que nada mais quer do que o lucro, os primeiros atores e atrizes da companhia, que seriam - hoje em dia - as estrelas, os outros atores e atrizes que tinham costume de fazer ponta nas peças, ou somente entreatos, o ponto, que era quem soprava os textos aos atores, uma vez que as peças eram ensaiadas semanalmente, os repertórios mudavam de acordo com a resposta do público, o ensaiador, que apesar da urgência e pouco tempo, se dava ao trabalho de marcar as cenas as vezes com a partes da peça ainda por ser escrita.
Uma peça leve e muito bem humorada que foi deliciosa desde o início. Uma energia muito bacana rolou nos bastidores e eu mais uma vez pude me envolver com cenários e figurinos que me deixaram mais motivado ainda. Nosso diretor deste período, pode nos ensinar muito sobre este período, sobre marcações clássicas do teatro e truques que deixaram a peça mais próxima da platéia. Aliás, tivemos uma resposta muito bacana do público de estudantes, professores, familiares e amigos, que são basicamente do que se constitui o público na CAL.
Como a peça continha praticamente onze personagens masculinos e cinco femininos, surgiu a idéia de inverter gêneros, ou seja, homens fariam mulheres e vice versa, devido ao numero perfeitamente oposto de pessoas na turma (5 homens e 11 mulheres). Foi um desafio muito interessante, e que me mostrou mais uma possibilidade, vertente, para a carreira, fazer mulher é uma experiência dificil e os atores ficaram assustados, mas uma vez a idéia 'comprada', tudo fluiu melhor.. entre todos.
Como de costume, seguem abaixo fotos desta montagem tão marcante;
Como a peça continha praticamente onze personagens masculinos e cinco femininos, surgiu a idéia de inverter gêneros, ou seja, homens fariam mulheres e vice versa, devido ao numero perfeitamente oposto de pessoas na turma (5 homens e 11 mulheres). Foi um desafio muito interessante, e que me mostrou mais uma possibilidade, vertente, para a carreira, fazer mulher é uma experiência dificil e os atores ficaram assustados, mas uma vez a idéia 'comprada', tudo fluiu melhor.. entre todos.
Como de costume, seguem abaixo fotos desta montagem tão marcante;
A peça terminava como nesta foto acima, e um personagem narrador, falava este belo texto:
"Em 1933 o Teatro Trianon deixou de existir. E aqueles atores, aquelas vozes, aqueles timbres, aqueles corpos, aquelas emoções, aqueles sentimentos, se transformaram em espectros, fantasmas. Fumaça, poeira... E pó. O Trianon passou a se chamar: Cineac Trianon, uma sala que exibia documentários, animações e curta metragens em sessões contínuas, filmes que marcaram os anos 40,50 e 60, a vida de muitos cariocas. Depois a especulação imobiliária pôs abaixo o antigo edifício e em seu lugar ergueu um arranha- céu, cheio de escritórios. Os papeis amarelados que ontem registravam as comédias e dramas ingênuos, se transformaram em : contratos, manuais, promissórias, letras de câmbio e cédulas, notas e dinheiro. Hoje o local onde o glorioso Teatro Trianon abrigava sua bilheteria e salas de espera, deu lugar aos caixas eletrônicos, aos rostos sem expressão dos seguranças de Banco. Foi o progresso, ou não? Não sei, mas nós que buscamos a fantasia e o delírio, acreditamos que talvez nada daquilo tenha se acabado. Quem sabe o Trianon e a sua talentosa geração, não tenha encontrado no país da inocência e do sonho o seu verdadeiro lugar?"
Com isso eu me despeço momentâneamente do Rio, e do que foi uma das fases que eu mais cresci e evolui pessoal e profissionalmente até agora... Essa fase está carinhosamente guardada na minha memória... e que venham as próximas!!! Boa Copa, bom descanso para os que terão, bom trabalho para os que não... Grande beijo, espero esbarrar com meus caríssimos nessas férias! FUI PRA FLORIPA!




