quinta-feira, 25 de junho de 2015

Geração Trianom

     


  Este foi, sem sombra de dúvidas, o espetáculo acadêmico que mais me diverti fazendo, ocorreu exatamente no meio do curso, aquele período que já acreditamos ter conquistado uma confiança que a cada dia vejo como mais necessária para vivenciar os prazeres da cena.
       Uma pena que na época só consegui fotos, mas recentemente recebi o CD da filmagem do espetáculo e, apesar de não ser fã de teatro filmado, gostei do que vi, espero que vocês também gostem. Tem um tópico antigo aqui no blog, da época que estava em cartaz com essa peça, explicando o que foi a "Geração Trianon".
       É uma peça muito gostosa, divertida, rica teatralmente e muito histórica. Por que eles foram história. Bom demais poder representar quem fez nosso trabalho no passado. Foi forte, foi gostoso, foi um momento inesquecível. Não se esqueçam que o diretor quis alterar os gêneros, então homem faziam mulheres e vice-versa.





 "Em 1933 o Teatro Trianon deixou de existir. E aqueles atores, aquelas vozes, aqueles timbres, aqueles corpos, aquelas emoções, aqueles sentimentos, se transformaram em espectros, fantasmas. Fumaça, poeira... E pó. O Trianon passou a se chamar: Cineac Trianon, uma sala que exibia documentários, animações e curta metragens em sessões contínuas, filmes que marcaram os anos 40,50 e 60, a vida de muitos cariocas. Depois a especulação imobiliária pôs abaixo o antigo edifício e em seu lugar ergueu um arranha- céu, cheio de escritórios. Os papeis amarelados que ontem registravam as comédias e dramas ingênuos, se transformaram em : contratos, manuais, promissórias, letras de câmbio e cédulas, notas e dinheiro. Hoje o local onde o glorioso Teatro Trianon abrigava sua bilheteria e salas de espera, deu lugar aos caixas eletrônicos, aos rostos sem expressão dos seguranças de Banco. Foi o progresso, ou não? Não sei, mas nós que buscamos a fantasia e o delírio, acreditamos que talvez nada daquilo tenha se acabado. Quem sabe o Trianon e a sua talentosa geração, não tenha encontrado no país da inocência e do sonho o seu verdadeiro lugar?"



Dedico esta publicação a minha personagem; Dona Julinha! Ela mal sabe o quanto me ensinou!
Como, aliás, todos os personagens pelo qual passamos em nossa vida artística.
Sempre nos deixam algo.
Carinho, arte.

Pedro.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Formado!

              Me mudei para o Rio em 2012. Aparentemente "o mundo acabaria" (risadas)... Coisa que não aconteceu, mas mesmo se acontecesse eu estava feliz demais indo atrás de meus sonhos. Cheguei no Rio, uma cidade particular, com uma vida longa e muita história pra ensinar. 
              O que aprendi nesse período? Um pouco sobre a arte, um pouco sobre a profissão, um pouco sobre os caminhos que pretendo seguir. Mas aprendi muito sobre persistir, viver, crescer, se conhecer e amadurecer. Passei por verdadeiros exemplos da minha profissão. Mestres que não tem uma vida fácil e que realmente amam aquilo que fazem. Muitos deles são minha inspiração e eu queria que todos - de alguma forma - conhecessem suas histórias de vida.

              Posso dizer que me surpreendi com minha dedicação, nunca fui um aluno exemplar na escola e todos os amigos e parentes estão aí para provar... Ainda mais se eu não ia com a cara da matéria ou professor. Isso mudou um pouco quando iniciei Relações Internacionais, eu já estava mais maduro, gostei muito do curso mas ainda não era 'aquilo'.
                 Uma mensagem que quero deixar claro e que já discorri algumas vezes aqui no Blog: a partir do momento que nos encontramos - acadêmica e profissionalmente - não existem empecilhos; o estudo vira prazer, as horas não são perdidas, os trabalhos não dão trabalho. Pelo contrário, tudo te alimenta, te recarrega, energiza, você sente necessidade de estar presente naquilo sempre.
                O que aprendi nesse período valeu por uma vida inteira, todas as peças que li, livros, poesias, textos, pesquisas, trabalhos, danças, assistências... Foram de grande valia. Cheguei com uma cabeça, um corpo e um objetivo. Saio com outra cabeça, outro corpo e muitos objetivos novos! Viva a arte, viva a vida!





           


                  Como dizia na peça: "O caminho continua aberto, mas não há guia nem viajante."